sexta-feira, 25 de junho de 2010

O "efeito platô" Sua dieta para de funcionar: Entenda por que o ponteiro da balança emperra


Você perdeu peso com a dieta, mas de uma hora para outra os números mostrados na balança não abaixam mais?

Esse quadro tem até nome: efeito platô, encarado como processo natural enfrentado por quem que está emagrecendo, seja com uma dieta, seja com exercícios físicos.


Conhecido como "efeito platô", esse problema é muito comum e até desanima quem quer perder peso, mas é possível driblá-lo.

Quanto mais rápido está acontecendo o emagrecimento, mais cedo o efeito platô chegará. Um bom conselho é restringir as calorias por alguns dias, sempre com a supervisão de um médico ou nutricionista, pois cada dieta exige um consumo de calorias específico. "Dois dias de diminuição calórica costumam reverter esse efeito, que pode ser exterminado de cinco a seis dias", aconselha o médico.


______________________Fator emocional

"Quanto mais rápido é emagrecimento, mais cedo o efeito platô chegará."Outra dica é em hipótese alguma dar espaço para o sedentarismo, pois a prática esportiva pode acelerar o metabolismo novamente. Tão importante quanto cuidar do físico é prestar atenção no lado emocional. O estresse e a ansiedade, comum em relação ao emagrecimento, pode aumentar os níveis de cortisol e adrenalina no organismo, dois hormônios que aumentam a retenção de líquidos e a sensação de fome.

Além disso, quem controla o peso com muita ansiedade, checando-o a todo o momento, tende a ficar mais apreensivo. "Em vez de se pesar todos os dias, observe mais sua perda de medidas, pois, às vezes, o peso aumenta por conta do ganho de massa magra", explica o endocrinologista José Castro Soares


____________________Entenda o processo dos alimentos no organismo

A nutricionista Marcia Terra, especializada em nutrição clínica e alimentos para fins especiais da Nutri Insight - Consultoria em Nutrição, explica que o organismo das pessoas que se habituam a fazer dietas fica acostumado a privações temporárias e passa a economizar.
- Como o corpo sabe que vai receber pouco combustível, economiza energia e trabalha gastando o mínimo de calorias que pode.

Sim, o organismo pode ser contra a perda de peso. Essa medida é preventiva e vem desde a pré-história. Na época das cavernas, as pessoas viviam da caça e passavam longos tempos sem se alimentar. Para garantir energia nesse período, o organismo se adaptou a economizar, pois não havia previsão de quando receberia alimento.

Leila Maria Araujo, professora endocrinologista da Universidade Federal da Bahia, explica que o platô vai além de um mero problema metabólico.

- Em uma pesquisa que fiz com pacientes de Salvador, apenas 20% das pessoas que perdem peso mantêm a medida a longo prazo, 70% ficam no efeito ioiô ou sanfona (engorda/emagrece) e 10% ganham peso mesmo jurando de pés juntos que não comem.

Pessoas obesas, com IMC acima de 25, que começam a fazer dieta, têm uma resposta grande no primeiro ano e depois podem até voltar a ganhar peso. Leila explica que, depois de uma dieta longa, o corpo diminui a termogênese (queima de gordura). Isso, aliado a um desleixo na dieta, faz o peso estabilizar.


__________________ Leptina o principal hormônio responsável pelo efeito platô

A leptina, produzida pelo tecido adiposo, e a insulina, produzida pelo pâncreas, também atuam para o aparecimento do platô. “Normalmente esses dois hormônios circulam no sangue em níveis proporcionais aos estoques de gordura no organismo. Se você faz dieta, perde peso e, como consequência, também a gordura.
E eles participam desta estabilização do peso, sempre na tentativa de poupar o organismo da privação de alimentos. "Por exemplo, a leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo (gorduroso) que atua na regulação do peso tanto agindo na ingestão de alimentos quanto no metabolismo celular. Assim, uma das suas funções é fazer o cérebro entender a sensação de saciedade.

Isto quer dizer que, após a ingestão de alimentos, a produção de leptina faz o organismo entender que foi alimentado e que a pessoa não precisa comer mais." Ela vai além: se este hormônio não age adequadamente, o organismo não tem a percepção adequada de saciedade. Com a diminuição do tecido adiposo decorrente da própria dieta, a produção de leptina diminui, até que, em certo ponto, é insuficiente para produzir esta sensação de saciedade, fazendo com que haja pequenos "escapes" e a pessoa fuja da dieta.

A especialista indica que diante do efeito platô, a primeira e mais importante ação é persistir na dieta. Com o tempo o organismo volta a trabalhar com os níveis hormonais mais baixos, reiniciando um ciclo de emagrecimento. "Outro ponto importante é manter a atividade física, às vezes com pequenas mudanças nos exercícios realizados, visando a manutenção da massa muscular, extremamente importante para o gasto de calorias."

O diário alimentar, assim como de atividade física, pode ser um grande aliado, pois, uma vez que é comum observarmos que, quem esta comendo além do necessário, geralmente, não nota isto. Através do diário toma consciência dos resvalos cometidos em relação ao programa estabelecido com seu médico. Da mesma forma, este diário pode mostrar ao seu médico quais os pontos de maior dificuldade em serem seguidos, assim como os horários em que a pessoa tende a comer mais, auxiliando-o na revisão constante do tratamento.

Fonte: www.portaltudoaqui.com.br

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